UFBA/Irecê
Formação em serviço dos professores do município de Irecê
GEACs - Pedagogia ao longo da história/Tensões na escola
Tutores : Roseli Sá e Marcea Sales
Aluno cursista Gervásio Mendes Mozine
A escola que urge acontecer
É lamentável saber que ainda existe no meio escolar atual, resquícios do período medieval. Depois de tantas mudanças, de tantos auges de estudiosos, de tantas guerras e batalhas por melhores dias de vida das pessoas, ainda é preciso nomear um ou dois séculos e ascender ilustres nomes de estudiosos e assim deixar definitivamente para trás a antiguidade. Júlio Groppa Aquino ainda é otimista quando diz que: “Em pleno século XXI, fazemos uma escola com se ela fosse igual à de 1950, elitista e uniforme. E o que é pior: desejando que ela continuasse assim”
Combatamos então o passado. Que venha então algo que torne o ser vivente empolgado a buscar o novo, sem ser necessário o aluno, o mestre, o estudioso, estar repetindo o que lhe ensinaram; que venha algo que fortaleça o ser vivente a defender suas idéias construídas a partir de suas razões; que venha algo que desestabilize, mas não deixe enfraquecer o aprendiz; que venha um mestre, um professor, um sábio audacioso que não tenha a verdade absoluta; que venha uma escola de homens que não estabeleça limite de dias, horas e anos e encarcera o ser vivente aprendiz, pressionando professor a empurrar goela abaixo todo seu conhecimento que possui no exato determinado tempo, que outrora fora de outro e que outrora fora de outro... Que viera a.C talvez.
A minha, a sua a nossa escola precisa não somente ensinar o latim e tolices como dissera o filósofo Voltaire à educação dos Jesuítas e nem tampouco “nem um homem em 300 anos” como o historiador Michelet.
A minha, a sua a nossa escola precisa formar para viver melhor, para sentir prazer, para aprender prazerosamente, para ser solidário, respeitador, ser gente de prosperidade.
A minha, a sua a nossa escola precisa de um currículo que ofereça mudanças no caminhar, não um cilindro com duas aberturas, uma de inicio e outra de saída, nem muito menos um Ratio Studiorum que não permite sequer mudar a homília da aula, que não admite diferentes pessoas, diferentes espaços, diferentes formas de aprender, diferentes climas... um currículo que mesmo não permitindo “ensinar tudo a todos” Comênio, disponibilize tudo a todos.
Precisamos de uma escola viva como a de Paulo Freire, que é, “sobretudo gente” pois nada há nela a não ser gente, seja em pessoa, seja em escrita, seja em arte, seja em caricaturas...
Precisamos de uma escola que mostre a importância das letras, dos números, dos nomes; uma que tenhamos vários olhos para nos proporcionar erudição, para que tenhamos menos obediência, para que tenhamos orgulho do que somos e fazemos de bem, para abolirmos a ideia que o estado precisa de homens rudes porque existe para eles trabalho rude.
“Não queremos vários olhos para sermos vistos como monstros” (Cardeal Richelieu) e sim para enxergar distante, enxergar com a razão minha e do oponente.
Escola do “Não” só deixará de existir ao aparecer a escola do “Sim” e ao aparecer novas idéias contrárias às da antiguidade, medieval, renascentista, moderna, iluminista e ainda à contemporânea.
O momento urge de se acreditar que o passado é para reflexão em busca de melhoras, é preciso acreditar que Eu, homem do último período do século XXI, sou mais evoluído que os antepassados, que as políticas de hoje são bem diferentes das deles que eram para poucos.
Não posso mais fazer sobressair os Europeus como faz Ricardo Machado em “A vida e a Escola” fazendo questão de ser “Ocidental” suas heranças de escola. Não vejo o vivente racional como um ser em um passado distante, apesar de muitos mostrarem um espírito construtivo “antiquado”. Acredito nas idéias, nos problemas e nas soluções de hoje.
A escola do “Talvez” está presente somente nas idéias deles. Em uma dificuldade de aprendizagem fala se sempre “talvez aprenda com o método tal”, talvez aprenda com Vigotsky, com Perrenoud, com Piaget, com Paulo Freire e talvez com e talvez com ...
Talvez as buscas vivas de Emilia tornem vivas as esperanças de dias melhores, ela está viva e presente em nossos dias!
Talvez!
Gervásio M Mozine
Gasola
27/09/2009
REFERÊNCIAS:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. São Paulo: Moderna, 1989.
A VIDA E A ESCOLA: uma reflexão[1]Ricardo Machado; http://www.viegasdacosta
.hpg.ig.com.br/ricardovidaeescola.htm;
Escola é... Paulo Freire http://eejosejoaquim.blogspot.com/2009/06/escola-e-paulo-freire.html (Acesso em 07/08/2009)
Um bom gestor muda a escola José Manuel Moran ,Trecho do livro A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. São Paulo: Editora Papirus, 2007.
http://www.jvanguarda.com.br/2007/10/18/nenhuma-crianca-pode-ser-deixada-para-tras/ outubro/2007
A vida invade a escola Luciana Zenti [1] Nova Escola, 04/2001
E a Propósito, o Que é a Escola e Para Que Serve?Alberto Martins Teixeira
http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=938 (Acesso em 07/08/2009)
Mas o que é a escola Gabriel Perissé [1] A escola não está aí por acaso. Revista Profissão Mestre
http://e-educador.com/index.php/projetos-de-ensino-mainmenu-124/77-projetos-de-ensino/2841-escolas4 (Acesso em 07/08/2009)
Formação em serviço dos professores do município de Irecê
GEACs - Pedagogia ao longo da história/Tensões na escola
Tutores : Roseli Sá e Marcea Sales
Aluno cursista Gervásio Mendes Mozine
A escola que urge acontecer
É lamentável saber que ainda existe no meio escolar atual, resquícios do período medieval. Depois de tantas mudanças, de tantos auges de estudiosos, de tantas guerras e batalhas por melhores dias de vida das pessoas, ainda é preciso nomear um ou dois séculos e ascender ilustres nomes de estudiosos e assim deixar definitivamente para trás a antiguidade. Júlio Groppa Aquino ainda é otimista quando diz que: “Em pleno século XXI, fazemos uma escola com se ela fosse igual à de 1950, elitista e uniforme. E o que é pior: desejando que ela continuasse assim”
Combatamos então o passado. Que venha então algo que torne o ser vivente empolgado a buscar o novo, sem ser necessário o aluno, o mestre, o estudioso, estar repetindo o que lhe ensinaram; que venha algo que fortaleça o ser vivente a defender suas idéias construídas a partir de suas razões; que venha algo que desestabilize, mas não deixe enfraquecer o aprendiz; que venha um mestre, um professor, um sábio audacioso que não tenha a verdade absoluta; que venha uma escola de homens que não estabeleça limite de dias, horas e anos e encarcera o ser vivente aprendiz, pressionando professor a empurrar goela abaixo todo seu conhecimento que possui no exato determinado tempo, que outrora fora de outro e que outrora fora de outro... Que viera a.C talvez.
A minha, a sua a nossa escola precisa não somente ensinar o latim e tolices como dissera o filósofo Voltaire à educação dos Jesuítas e nem tampouco “nem um homem em 300 anos” como o historiador Michelet.
A minha, a sua a nossa escola precisa formar para viver melhor, para sentir prazer, para aprender prazerosamente, para ser solidário, respeitador, ser gente de prosperidade.
A minha, a sua a nossa escola precisa de um currículo que ofereça mudanças no caminhar, não um cilindro com duas aberturas, uma de inicio e outra de saída, nem muito menos um Ratio Studiorum que não permite sequer mudar a homília da aula, que não admite diferentes pessoas, diferentes espaços, diferentes formas de aprender, diferentes climas... um currículo que mesmo não permitindo “ensinar tudo a todos” Comênio, disponibilize tudo a todos.
Precisamos de uma escola viva como a de Paulo Freire, que é, “sobretudo gente” pois nada há nela a não ser gente, seja em pessoa, seja em escrita, seja em arte, seja em caricaturas...
Precisamos de uma escola que mostre a importância das letras, dos números, dos nomes; uma que tenhamos vários olhos para nos proporcionar erudição, para que tenhamos menos obediência, para que tenhamos orgulho do que somos e fazemos de bem, para abolirmos a ideia que o estado precisa de homens rudes porque existe para eles trabalho rude.
“Não queremos vários olhos para sermos vistos como monstros” (Cardeal Richelieu) e sim para enxergar distante, enxergar com a razão minha e do oponente.
Escola do “Não” só deixará de existir ao aparecer a escola do “Sim” e ao aparecer novas idéias contrárias às da antiguidade, medieval, renascentista, moderna, iluminista e ainda à contemporânea.
O momento urge de se acreditar que o passado é para reflexão em busca de melhoras, é preciso acreditar que Eu, homem do último período do século XXI, sou mais evoluído que os antepassados, que as políticas de hoje são bem diferentes das deles que eram para poucos.
Não posso mais fazer sobressair os Europeus como faz Ricardo Machado em “A vida e a Escola” fazendo questão de ser “Ocidental” suas heranças de escola. Não vejo o vivente racional como um ser em um passado distante, apesar de muitos mostrarem um espírito construtivo “antiquado”. Acredito nas idéias, nos problemas e nas soluções de hoje.
A escola do “Talvez” está presente somente nas idéias deles. Em uma dificuldade de aprendizagem fala se sempre “talvez aprenda com o método tal”, talvez aprenda com Vigotsky, com Perrenoud, com Piaget, com Paulo Freire e talvez com e talvez com ...
Talvez as buscas vivas de Emilia tornem vivas as esperanças de dias melhores, ela está viva e presente em nossos dias!
Talvez!
Gervásio M Mozine
Gasola
27/09/2009
REFERÊNCIAS:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. São Paulo: Moderna, 1989.
A VIDA E A ESCOLA: uma reflexão[1]Ricardo Machado; http://www.viegasdacosta
.hpg.ig.com.br/ricardovidaeescola.htm;
Escola é... Paulo Freire http://eejosejoaquim.blogspot.com/2009/06/escola-e-paulo-freire.html (Acesso em 07/08/2009)
Um bom gestor muda a escola José Manuel Moran ,Trecho do livro A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. São Paulo: Editora Papirus, 2007.
http://www.jvanguarda.com.br/2007/10/18/nenhuma-crianca-pode-ser-deixada-para-tras/ outubro/2007
A vida invade a escola Luciana Zenti [1] Nova Escola, 04/2001
E a Propósito, o Que é a Escola e Para Que Serve?Alberto Martins Teixeira
http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=938 (Acesso em 07/08/2009)
Mas o que é a escola Gabriel Perissé [1] A escola não está aí por acaso. Revista Profissão Mestre
http://e-educador.com/index.php/projetos-de-ensino-mainmenu-124/77-projetos-de-ensino/2841-escolas4 (Acesso em 07/08/2009)
3 comentários:
Mozine
Esse apanhado teórico que você faz, trás informações que nos ajudam a refletir sobre o nosso papel frente a esse emaranhado que envolve a educação escolar, onde o talvez surge com o uma possibilidade de fazermos a diferença, frente a tanto descaso.
Oi tio, descobri seu blog em meio a uma pesquisa sobre a família Mozine,
te add ao meu que é www.folhasutopicas.wordpress.com
da uma olhadinha la depois.
Boa noite
"Precisamos de uma escola viva como a de Paulo Freire, que é, “sobretudo gente” pois nada há nela a não ser gente, seja em pessoa, seja em escrita, seja em arte, seja em caricaturas..."
Adorei suas colocações em relação a escola que queremos, ao currículo que almejamos.
Por que será que é tão difícil quebrarmos as barreiras do que está posto.
Realmente, devemos refletir sobre o por que nos apegamos a tantas referências teórica, sendo que sabemos que somos capazes de desenvolver com muito êxito uma educação de qualidade.
É talvez estes teóricos estejão certo. Talvez, talvez...talvez estamos no caminho certo.
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