UFBA/FACED/ PROJETO IRECÊ
ATIVIDADE DE MATEMÁTICA COM JOGOS
PROFESSOR IRON
CURSISTAS – GERVÁSIO MENDES MOZINE
RELATÓRIO DA ATIVIDADE EM SALA COM O JOGO CONTIG 60
Inicialmente os alunos ficaram apreensivos para realizar a atividade proposta até por conta que eles confeccionaram as fichas que seriam usadas no jogo. Coloquei uma música em volume baixo distribuir o material a ser recortado, o papel duplex, o EVA, as tesourinhas, a cola e eles aprontaram todas com o maior entusiasmo já querendo jogar assim que terminavam de confeccionar, alguns não queriam me entregar e diziam que não ia dar pra ninguém. Expliquei que precisaria para usar também nas outras turmas, pois todos iam participar e até o final do bimestre ia sair o vencedor da escola porque cada sala terá um vencedor e para finalizar proporcionarei um momento entre os quatro vencedores, sendo um de cada turma. Para uma motivação a mais falei que darei uma caixa de chocolate para o vencedor e assim farei conforme as coisas sejam proveitosas. Na aula passada antes de confeccionar as fichas realizei a atividade A ARCA DE NOÉ, jogo das boas perguntas, foi interessantíssimo e a algazarra e os risos não deixou de aparecer, muitas perguntas satisfatórias surgiram. Das quatro turmas somente uma não se envolveu totalmente na atividade, e foi justamente a que eu mais precisava, porque sinto dificuldade em fazer com que eles participem de qualquer atividade. Apresentei a proposta de trabalho todo contente pensando que se envolveriam por ser algo diferente, mas foi pura ilusão, o plano da atividade só não foi por água a baixo porque aqueles poucos alunos que participam costumeiramente da aula cumpriram com suas obrigações de aluno.
Mas nesse momento eu quero mesmo é falar da atividade aplicada na sala da equivalente 7ª série. Para que conheça um pouco a turma em relação à matemática, somente um aluno consegue realizar uma divisão por dois números e somente oito dos quarenta e dois alunos conseguem realizar uma divisão convencional por um número. Os demais conseguem fazer uma multiplicação convencional por dois algarismos usando o recurso da tabuada. Foi por isso que escolhi esta turma para aplicar a atividade, por ser a mais numerosa e por ser a mais necessitada no momento em número de alunos. As outras turmas têm no máximo 30 alunos matriculados, mas não freqüentam mais de 18 por aula. É a primeira vez que trabalho com turmas de EJA e até então não estou sentindo muito entusiasmo porque não vejo alunos que querem aprender, vão para a escola, mas sem compromisso nenhum.
Bom, vamos lá. Neste dia tinha 35 alunos e eu joguei com o aluno Flávio que domina as operações matemáticas essenciais, aquele que resolve convencionalmente as quatro operações que citei anteriormente. Três deles não quiseram participar da atividade e por mais que eu explicasse o objetivo, não quiseram, esses e mais uns quatro dificilmente participam da aula, então fiz um grupo com três alunos e dividir os demais em duplas. Fiz questão de eu mesmo dividir as duplas porque precisava pegar aqueles alunos que estão em hipóteses matemáticas bem próximas e assim um poderia aprender com o outro, aliás, esse era um dos objetivos da aula, por isso que participei do jogo com o aluno Flávio e olhe que o danado me ganhou viu (sorte dos dados rsrs).
Depois cada dupla em seu lugar passei os dados, as fichas de registro e a do tabuleiro, expliquei como era a dinâmica do jogo (aliás, na aula passada eu já tinha dado uma abordada como seria) e pedi que eles jogassem duas partidas de 15 pontos cada inicialmente para que pudessem se identificar com o jogo e tirar alguma dúvida que surgisse no momento. Eu não tinha iniciado com o aluno e passei em todas as duplas fazendo algumas intervenções quanto qual seria outra possibilidade de realizar outra sentença com os resultados dos dados jogados e a maioria deles só faziam soma e subtração. Apontei algumas sentenças possíveis para algumas duplas para que eles percebessem a necessidade de usar a multiplicação e a divisão. Quando todos terminaram as preliminares eu usei a lousa para socializar com eles possibilidades de encontrar resultados diferentes com sentenças numéricas diferentes.
Iniciamos pra valer e fiz questão de dizer para o aluno que eu estava jogando que eu precisava dele no momento para que me ajudasse a acompanhar e ajudar os alunos que precisassem. Joguei uma partida de vinte pontos com ele que me ganhou de 23 a 17. Ele com 19 pontos realizou a última sentença ganhando 4 pontos. Jogou os três dados tirando 6 em um, 6 em outro e 4 em outro e olhe só a sentença que fez, 6 x 6 – 4, isso mesmo, justamente o 32 e quatro adjacentes com as fichas 4, 5, 6 e 33, ele nem pensou muito pois era a segunda jogada que marcaria mais pontos. Pedi para que fizesse as situações-problema tiradas daquelas que fiz na atividade junto com minha colega cursista Clébia na aula com o professor Iron: temos a seguinte situação de jogo: peças colocadas nas casas 29, 31, 54, 125, 66, 72. Quantas possibilidades o próximo jogador tem de ganhar 3 pontos? E 2 pontos? A segunda foi: um jogador já tirou 5 em um dos dados, quanto ele precisaria tirar nos outros dois dados e quais operações precisa fazer para que possa colocar sua peça na casa 28? A terceira foi: qual é o maior número do tabuleiro que se pode obter utilizando somente divisões? Somente adição e multiplicação? A quarta: qual o menor número do tabuleiro que se pode obter, utilizando uma divisão e uma adição? E uma multiplicação e uma adição? E por último: peças colocadas no tabuleiro – vermelhas 1 - 2 – 29 – 31 – 34 – 36 -37 Azuis 3 – 5 – 32 -54 – 60 – 80 – 150. Se os números que saíram nos dados foram 5 , 5 e 6, qual a melhor jogada a ser feita pelo jogador vermelho? Justifique a resposta. Essas mesmas perguntas foram passadas para todas as duplas assim que terminaram o jogo e responderam. Três duplas não responderam as situações-problema porque tiveram que jogar três partidas e eles queriam por que queriam saber quem sairia vitorioso, como estavam empolgados eu só acompanhei de perto e mesmo assim não terminaram de concluir a terceira partida por conta da aula ter acabado. Estava previsto fazer a auto-avaliação oralmente na mesma aula, mas não foi possível por conta do tempo. Na aula do dia seguinte retomei e eles puderam comentar o que acharam de interessante na atividade.
Todos os alunos que participaram da atividade fizeram questionamentos e demoravam muito para realizar as sentenças, principalmente depois que as casas de 2 a doze 12 foram preenchidas. Percebi que somente duas duplas preencheram as casas 0 e 1. Depois que analisei os registros das sentenças confirmei o que eu pensava, soma e subtração 2 + 2 - 4, se não tivessem dificuldade na multiplicação poderiam fazer (2 – 2) x 4 ou 4 vezes 0, para a casa 0. Na casa 1 foi 6 - 3 – 2, poderia com uma intervenção fazer 2 x 3 : 6. De todas as sentenças seis delas não correspondiam ao resultado que colocaram a exemplo da dupla que fez 6 + 5 x 4 = 48, na aula seguinte eu retomei com as sentenças que não estavam corretas e os próprios alunos não identificaram e nem opinaram na aula expositiva, percebi que alguns deles ficaram atentos como se tivessem perguntando a si mesmo o que tinha de errado. Nas situações-problema houve menos acertos em como encontrar o menor número usando somente divisão e o maior número usando somente multiplicação e soma, portanto esse continua sendo meu desafio, trabalhar a multiplicação e divisão através dos jogos. Confesso que para uma só aula meus alunos renderam bastante e creio que a dinâmica da aula ajudou, pois a estratégia do jogo permitiu que eles aprendessem uns com os outros e eu professor entrei somente como um problematizador nos momentos oportunos. O interessante da atividade é que nenhum fica parado, enquanto o que joga os dados para armar a sentença fica buscando, o outro fica atento pra saber se o adversário vai fazer a sentença correta e ele também fica montando estratégias de outras possíveis sentenças numéricas e depois ainda aponta outra que o colega poderia fazer mais pontos.
Fico satisfeito pela aula proveitosa com o jogo Contig 60 que fez meus alunos avançarem um pouco nos conceitos matemáticos, vou tabular as dificuldades existentes e promover pelo menos uma partida de 30 minutos por semana. Aproveitarei a dinâmica da atividade e criarei um tabuleiro onde vou trabalhar somente divisão e multiplicação em alguns momentos devido à necessidade das turmas.
Apliquei a mesma atividade também nas outras turmas, mas fiz o relato baseado neste grupo porque houve maior envolvimento, percebi também que as dificuldades na realização da atividade são características em todas as turmas.
ATIVIDADE DE MATEMÁTICA COM JOGOS
PROFESSOR IRON
CURSISTAS – GERVÁSIO MENDES MOZINE
RELATÓRIO DA ATIVIDADE EM SALA COM O JOGO CONTIG 60
Inicialmente os alunos ficaram apreensivos para realizar a atividade proposta até por conta que eles confeccionaram as fichas que seriam usadas no jogo. Coloquei uma música em volume baixo distribuir o material a ser recortado, o papel duplex, o EVA, as tesourinhas, a cola e eles aprontaram todas com o maior entusiasmo já querendo jogar assim que terminavam de confeccionar, alguns não queriam me entregar e diziam que não ia dar pra ninguém. Expliquei que precisaria para usar também nas outras turmas, pois todos iam participar e até o final do bimestre ia sair o vencedor da escola porque cada sala terá um vencedor e para finalizar proporcionarei um momento entre os quatro vencedores, sendo um de cada turma. Para uma motivação a mais falei que darei uma caixa de chocolate para o vencedor e assim farei conforme as coisas sejam proveitosas. Na aula passada antes de confeccionar as fichas realizei a atividade A ARCA DE NOÉ, jogo das boas perguntas, foi interessantíssimo e a algazarra e os risos não deixou de aparecer, muitas perguntas satisfatórias surgiram. Das quatro turmas somente uma não se envolveu totalmente na atividade, e foi justamente a que eu mais precisava, porque sinto dificuldade em fazer com que eles participem de qualquer atividade. Apresentei a proposta de trabalho todo contente pensando que se envolveriam por ser algo diferente, mas foi pura ilusão, o plano da atividade só não foi por água a baixo porque aqueles poucos alunos que participam costumeiramente da aula cumpriram com suas obrigações de aluno.
Mas nesse momento eu quero mesmo é falar da atividade aplicada na sala da equivalente 7ª série. Para que conheça um pouco a turma em relação à matemática, somente um aluno consegue realizar uma divisão por dois números e somente oito dos quarenta e dois alunos conseguem realizar uma divisão convencional por um número. Os demais conseguem fazer uma multiplicação convencional por dois algarismos usando o recurso da tabuada. Foi por isso que escolhi esta turma para aplicar a atividade, por ser a mais numerosa e por ser a mais necessitada no momento em número de alunos. As outras turmas têm no máximo 30 alunos matriculados, mas não freqüentam mais de 18 por aula. É a primeira vez que trabalho com turmas de EJA e até então não estou sentindo muito entusiasmo porque não vejo alunos que querem aprender, vão para a escola, mas sem compromisso nenhum.
Bom, vamos lá. Neste dia tinha 35 alunos e eu joguei com o aluno Flávio que domina as operações matemáticas essenciais, aquele que resolve convencionalmente as quatro operações que citei anteriormente. Três deles não quiseram participar da atividade e por mais que eu explicasse o objetivo, não quiseram, esses e mais uns quatro dificilmente participam da aula, então fiz um grupo com três alunos e dividir os demais em duplas. Fiz questão de eu mesmo dividir as duplas porque precisava pegar aqueles alunos que estão em hipóteses matemáticas bem próximas e assim um poderia aprender com o outro, aliás, esse era um dos objetivos da aula, por isso que participei do jogo com o aluno Flávio e olhe que o danado me ganhou viu (sorte dos dados rsrs).
Depois cada dupla em seu lugar passei os dados, as fichas de registro e a do tabuleiro, expliquei como era a dinâmica do jogo (aliás, na aula passada eu já tinha dado uma abordada como seria) e pedi que eles jogassem duas partidas de 15 pontos cada inicialmente para que pudessem se identificar com o jogo e tirar alguma dúvida que surgisse no momento. Eu não tinha iniciado com o aluno e passei em todas as duplas fazendo algumas intervenções quanto qual seria outra possibilidade de realizar outra sentença com os resultados dos dados jogados e a maioria deles só faziam soma e subtração. Apontei algumas sentenças possíveis para algumas duplas para que eles percebessem a necessidade de usar a multiplicação e a divisão. Quando todos terminaram as preliminares eu usei a lousa para socializar com eles possibilidades de encontrar resultados diferentes com sentenças numéricas diferentes.
Iniciamos pra valer e fiz questão de dizer para o aluno que eu estava jogando que eu precisava dele no momento para que me ajudasse a acompanhar e ajudar os alunos que precisassem. Joguei uma partida de vinte pontos com ele que me ganhou de 23 a 17. Ele com 19 pontos realizou a última sentença ganhando 4 pontos. Jogou os três dados tirando 6 em um, 6 em outro e 4 em outro e olhe só a sentença que fez, 6 x 6 – 4, isso mesmo, justamente o 32 e quatro adjacentes com as fichas 4, 5, 6 e 33, ele nem pensou muito pois era a segunda jogada que marcaria mais pontos. Pedi para que fizesse as situações-problema tiradas daquelas que fiz na atividade junto com minha colega cursista Clébia na aula com o professor Iron: temos a seguinte situação de jogo: peças colocadas nas casas 29, 31, 54, 125, 66, 72. Quantas possibilidades o próximo jogador tem de ganhar 3 pontos? E 2 pontos? A segunda foi: um jogador já tirou 5 em um dos dados, quanto ele precisaria tirar nos outros dois dados e quais operações precisa fazer para que possa colocar sua peça na casa 28? A terceira foi: qual é o maior número do tabuleiro que se pode obter utilizando somente divisões? Somente adição e multiplicação? A quarta: qual o menor número do tabuleiro que se pode obter, utilizando uma divisão e uma adição? E uma multiplicação e uma adição? E por último: peças colocadas no tabuleiro – vermelhas 1 - 2 – 29 – 31 – 34 – 36 -37 Azuis 3 – 5 – 32 -54 – 60 – 80 – 150. Se os números que saíram nos dados foram 5 , 5 e 6, qual a melhor jogada a ser feita pelo jogador vermelho? Justifique a resposta. Essas mesmas perguntas foram passadas para todas as duplas assim que terminaram o jogo e responderam. Três duplas não responderam as situações-problema porque tiveram que jogar três partidas e eles queriam por que queriam saber quem sairia vitorioso, como estavam empolgados eu só acompanhei de perto e mesmo assim não terminaram de concluir a terceira partida por conta da aula ter acabado. Estava previsto fazer a auto-avaliação oralmente na mesma aula, mas não foi possível por conta do tempo. Na aula do dia seguinte retomei e eles puderam comentar o que acharam de interessante na atividade.
Todos os alunos que participaram da atividade fizeram questionamentos e demoravam muito para realizar as sentenças, principalmente depois que as casas de 2 a doze 12 foram preenchidas. Percebi que somente duas duplas preencheram as casas 0 e 1. Depois que analisei os registros das sentenças confirmei o que eu pensava, soma e subtração 2 + 2 - 4, se não tivessem dificuldade na multiplicação poderiam fazer (2 – 2) x 4 ou 4 vezes 0, para a casa 0. Na casa 1 foi 6 - 3 – 2, poderia com uma intervenção fazer 2 x 3 : 6. De todas as sentenças seis delas não correspondiam ao resultado que colocaram a exemplo da dupla que fez 6 + 5 x 4 = 48, na aula seguinte eu retomei com as sentenças que não estavam corretas e os próprios alunos não identificaram e nem opinaram na aula expositiva, percebi que alguns deles ficaram atentos como se tivessem perguntando a si mesmo o que tinha de errado. Nas situações-problema houve menos acertos em como encontrar o menor número usando somente divisão e o maior número usando somente multiplicação e soma, portanto esse continua sendo meu desafio, trabalhar a multiplicação e divisão através dos jogos. Confesso que para uma só aula meus alunos renderam bastante e creio que a dinâmica da aula ajudou, pois a estratégia do jogo permitiu que eles aprendessem uns com os outros e eu professor entrei somente como um problematizador nos momentos oportunos. O interessante da atividade é que nenhum fica parado, enquanto o que joga os dados para armar a sentença fica buscando, o outro fica atento pra saber se o adversário vai fazer a sentença correta e ele também fica montando estratégias de outras possíveis sentenças numéricas e depois ainda aponta outra que o colega poderia fazer mais pontos.
Fico satisfeito pela aula proveitosa com o jogo Contig 60 que fez meus alunos avançarem um pouco nos conceitos matemáticos, vou tabular as dificuldades existentes e promover pelo menos uma partida de 30 minutos por semana. Aproveitarei a dinâmica da atividade e criarei um tabuleiro onde vou trabalhar somente divisão e multiplicação em alguns momentos devido à necessidade das turmas.
Apliquei a mesma atividade também nas outras turmas, mas fiz o relato baseado neste grupo porque houve maior envolvimento, percebi também que as dificuldades na realização da atividade são características em todas as turmas.
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